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Conheça a Bonita: a sucuri-verde usada nas gravações da novela Pantanal

Você que está ligado na novela Pantanal deve ter se perguntado inúmeras vezes se aqueles animais lindos e selvagens que aparecem na sua tela são reais e, se sim, como todas aquelas cenas foram gravadas.

Para tirar essas e outras dúvidas, iniciamos uma série de posts sobre os bastidores dessa novela linda. Se você ainda não conferiu, escrevemos um blog contando a história de uma das estrelas da novela, a onça Matí! Clique aqui e confira os bastidores das filmagens com a Mati.

Hoje trouxemos as raízes históricas e cuidados especiais de uma outra estrela selvagem das telinhas: a Bonita – nome carinhoso dado à sucuri-verde (Eunectes murinus) que tem roubado as cenas.

A Bonita veio do estado do Pará, no Centro Amazônico de Herpetologia, que existe desde 2010.


Para participar das gravações, foi necessária uma viagem de 3.000 km até o Mato Grosso do Sul, estando ela sempre acompanhada por uma equipe de 2 biólogos e 1 médica veterinária.

Mas quem é a Bonita?

Ela é uma sucuri-verde da espécie Eunectes murinus que tem 10 anos de idade, 4 metros de comprimento e que pesa 40 kg. Além disso, também é a maior cobra manejável da espécie no Brasil.

Assim como você, a maior parte do Brasil a conheceu após sua interpretação de uma das formas do personagem Velho do Rio (Osmar Prado), uma figura mítica que guia os destinos de alguns personagens do enredo.

Essa mais nova atriz recebeu toda uma atenção e cuidados especiais para uma ambientação segura e saudável no set, tanto para ela, como para todas as pessoas presentes. 

Legenda: Osmar Prado segura Bonita na mão durante o intervalo das gravações da novela. Foto: TV Globo/Reprodução.

 

Segurança e bem-estar

Uma das maiores preocupações era, justamente, o bem-estar desse animal, por isso, os profissionais responsáveis mantiveram o protocolo de vermifugação e acompanhavam ativamente o quadro clínico e laboratorial da sucuri através de exames e observações frequentes.

Nos dias em que não precisava atuar, ela vivia em um ambiente natural e reservado que atendia às suas necessidades naturais, adequados à sua hidratação e qualidade de vida. Além disso, tomava-se o cuidado de analisar a disposição do animal em relação ao tempo de exposição ao sol durante as filmagens.

Legenda: A sucuri em uma das cenas gravadas do remake Pantanal. Foto: TV Globo/Reprodução.

Já nos dias de gravação, enquanto não estava nas frentes da câmera, era mantida em um contêiner devidamente climatizado para garantir total conforto e segurança para ela. Alguns minutos antes da encenação, um a um, aproximavam-se os atores para se habituarem à presença daquela majestosa serpente, que após anos de cuidados no Centro, já estava habituada à presença e toque humanos.

Tudo dentro da legalidade

Toda essa ação foi realizada em parceria com órgãos ambientais competentes, com todas as licenças ambientais necessárias. O IBAMA, IMASUL e autorizaram a realização das filmagens, desde o transporte até as acomodações no Pantanal.