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Desmatamento no Pantanal foi equivalente a remoção de dez campos de futebol por hora

Por 24 de novembro de 2017novembro 16th, 2020Notícias

Correio News

A Bacia do Alto Paraguai (BAP) – que formam o Pantanal -, perdeu 90 hectares de sua mata. Essa é a primeira vez que o desmatamento na planície é maior do que no Planalto, aponta levantamento da ONG ‘SOS Pantanal’ realizado em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Para se ter ideia, a conversão de área naturais para o desenvolvimento de atividades econômicas é equivalente a remoção de 10 campos de futebol por hora.

No último ano, a Bacia do Alto Taquari perdeu 495 quilômetros quadrados e o planalto 410 quilômetros quadrados, totalizando 905 mil km² convertidos para pastagem, agricultura, silvicultura, urbanização e mineração.
O levantamento mostra que o último ano obteve o menor média gradual de desmatamento em relação a 2014/2016, mas a redução ainda não pode ser comemorada, pois o avanço sobre a área já foi menor. Entre 2010 e 2012 a conversão de áreas foi equivalente a 400 km² e no período de 2012 a 2014 foi de 450 km², contra 495 quilômetros quadrados entre 2016 e 2017.

A comparação de imagens de satélite ao longo dos anos identifica áreas do Cerrado com menor densidade de cobertura vegetal e clareiras ou remoção de árvores em áreas de Floresta. Nos últimos 15 anos o Pantanal perdeu 16% de sua vegetação e o Planalto 61,1%.

A área do Pantanal está com 15,7% de pastagem, e em Mato Grosso do Sul a vegetação utilizada para a alimentação do gado, plantio de soja e algodão, ocupa a maior parte do bioma, seguido da agricultura. Corumbá é o município com maior conversão de áreas naturais para antrópica. 35.137 hectares, lidera o ranking entre os municípios mais afetados

A SOS Pantanal participa da iniciativa MapBiomas, que vai produzir mapas de uso e cobertura vegetal de todo território brasileiro de 1985 a 2017. O monitoramento da conversão da vegetação natural da Bacia do Alto Paraguai será realizado anualmente e as informações divulgadas no mesmo ano, para subsidiar o planejamento e as políticas públicas.

 

Confira aqui as imagens do Instituto SOS Pantanal – crédito Luciano Muta.